O SILENCIAMENTO DO ESPANHOL NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA: UMA ANÁLISE DAS POLÍTICAS LINGUÍSTICAS E SUAS IMPLICAÇÕES CULTURAIS

Bibiana Souza Reis, Ysadora Pereira Rangel, Neosane Schlemmer

Resumo


A partir da fundamentação teórica da Análise de Discurso materialista, buscamos analisar as políticas linguísticas brasileiras e o silenciamento do espanhol no ambiente educacional. O corpus é constituído pelas leis nº 11.161/2005 e nº 13.415/2017. A primeira instituiu a obrigatoriedade do ensino de língua espanhola, enquanto a segunda tornou o ensino de língua espanhola optativo e priorizou o ensino de língua inglesa. Compreendemos as decisões políticas como práticas discursivas que reforçam a hegemonia do inglês e deslegitimam o espanhol. Concluímos que o silenciamento da língua espanhola no Brasil não se trata apenas de uma mudança administrativa, e sim de uma construção ideológica que enfraquece os laços culturais, políticos e históricos com a América Latina.

Palavras-chave


Educação; Espanhol; Hegemonia; Políticas linguísticas; Silenciamento.

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