POÉTICAS DE RESISTÊNCIA EM BEAR, BONES AND FEATHERS (1994) DE LOUISE BERNICE HALFE

Neide Garcia Pinheiro

Resumo


Este artigo enfoca Bear, Bones and Feathers (1994) de Louise Bernice Halfe, também conhecida como Sky Dancer. A poeta, que pertence a etnia Cree, um dos maiores grupos indígenas da América do Norte,   articula traumas da história colonial canadense, especialmente as experiências nas escolas residenciais,  à afirmação de uma cosmologia  e  voz Cree que se inscreve na língua e na materialidade do texto. Por meio do uso do Creenglish, isto é, de interpolações da língua Cree em poemas majoritariamente escritos em inglês;  da presença de elementos mitológicos e da evocação de memórias ancestrais, Halfe constrói uma escrita  que  funciona como um espaço ritual de resistência e (re)conexão com as raízes culturais indígenas. Esta análise apoia-se em teóricos que tratam de questões indígenas como Thomas King (2013) e Tomson Highway (2000), bem como em  conceitos sobre poética propostos por Fred Wah (2000) e Maria Lucia Milleo Martins (2009); Creenglish  por Gingell (2010) e Mongibello (2013) entre outros. 


Palavras-chave


literatura, poesia, Primeiras Nações, Canadá

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