A DIVORCIADA, DE FRANCISCA CLOTILDE: UM ANARQUIVO DA HISTÓRIA DAS MULHERES

Amanda Kélvia dos Santos Almeida, Felipe dos Santos Matias

Resumo


O artigo analisa a obra A Divorciada (1902), de Francisca Clotilde (1862-1935), como um anarquivo representativo das narrativas femininas silenciadas. O estudo da obra, que aborda temas como casamento forçado e violência doméstica, revela as dinâmicas culturais e sociais do Brasil do final do século XIX e contribui para a compreensão da condição feminina na história e na literatura. A análise investe na consideração do romance como um anarquivo que retrata as violências sistêmicas e a domesticação das mulheres no fim do Oitocentos, além de sugerir possíveis elementos autobiográficos que refletem na narrativa as experiências pessoais da autora. A investigação é fundamentada por meio da interlocução com as reflexões de Seligmann-Silva (2014), Federici (2004), Derrida (2001), Colling (2013), Perrot (1995), Rago (2001), Mignolo (2011), Ricoeur (2010), Agamben (2009), Assmann (2011), entre outras.


Palavras-chave


A Divorciada; Francisca Clotilde; anarquivo; história e literatura.

Texto completo:

PDF