“NÃO VENDA A MINHA ESCOLA”: RESISTÊNCIA DISCURSIVA À MERCANTILIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO

SAULO SEMANN, ANDREY ADÃO KAMINSKI AMAZONAS, CAMILE FEDARACZ

Resumo


O presente artigo analisa, sob a perspectiva da Análise do Discurso de linha francesa, o enunciado “Não venda a minha escola”, veiculado pela APP-Sindicato do Paraná em 2024 como forma de resistência ao Projeto de Lei nº 345/2024, que propõe a privatização da administração de escolas públicas estaduais do Paraná por meio de parcerias com empresas privadas. A partir dos pressupostos teóricos de Michel Pêcheux, Jean-Jacques Courtine e Eni Orlandi, investigam-se os possíveis efeitos de sentido produzidos pelo enunciado, bem como as formações discursivas em confronto na arena educacional contemporânea. A análise evidencia que a formulação se ancora em uma formação discursiva de resistência à lógica neoliberal e mobiliza uma memória coletiva da escola pública como espaço de pertencimento, cidadania e direito social.


Palavras-chave


Análise do discurso; escola pública; privatização; resistência.

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